quarta-feira, 2 de maio de 2012

Hoje é meu primeiro dia escrevendo neste blog. E ao pensar no que escrever, percebi que não estarei somente ajudando pessoas em situações parecidas, mas também estarei ajudando a mim mesma. Acho que será como uma grande sessão de terapia...

Voltando atrás no tempo, vejo que as memórias mais fortes que prevaleceram desde último ano foram as memórias felizes.
Mesmo nos tempos de UTI do meu filho, lembro da sensação de pura felicidade ao avistar seu pezinho na incubadora, da felicidade de olhar nos seus olhinhos, de segurar sua mãozinha, de ficar horas e horas apenas olhando aquele serzinho que ficou durante 9 meses dentro da minha barriga e agora estava lá, na minha frente.

Acredito que esta seja a tendência natural de todo ser humano: guardar as memórias felizes, e colocar os dias difíceis, os medos e as frustrações dentro de caixinhas, enterradas bem no fundo da nossa memória.
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Por isso, se forço um pouquinho mais a memória, se cavo um pouquinho mais fundo, encontro também as lembranças dos momentos difíceis, das dúvidas e inseguranças. E provavelmente são essas memórias mais profundas que me fizeram crescer, que me fortaleceram e que me trouxeram aqui, no ímpeto de tranquilizar outros pais que também passam ou passarão por experiências similares.

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