quinta-feira, 3 de maio de 2012

O começo

Minha gravidez foi planejada, comemorada e curtida por toda a família. O primeiro neto e sobrinho tanto do meu lado como do lado do meu marido.
Foram 40 semanas de muita felicidade e expectativa e o dia 12 de maio de 2011 foi o dia mais feliz da minha vida - o João Vitor nasceu às 14:26, pesando 3,580 kg.
Após algumas horas que o João estava no quarto, reparamos que ele estava parecendo um pouco nauseado e golfando bastante, porém nos disseram que era normal, devido ao fato dele ter engolido o líquido amniótico e que não havia motivo para preocupação.
Ao longo da noite o líquido que ele golfava foi ficando esverdeado, e pela manhã ele já estava bem verde e em maior quantidade. Tentei amamentá-lo, mas ele não quis.
Chamei a pediatra perguntei se ele já havia feito cocô e ela me disse que não. Nesse momento senti um frio na barriga, pois o pouco que sabia do problema que meu marido havia tido quando nasceu era que ele teve que tirar um pedaço do intestino, pois ele não funcionava.
Não sabia o nome da doença, que cirurgias ele havia feito, nada... Nunca passou pela minha cabeça que se tratava de algo possivelmente hereditário.
Eu contei para a pediatra o que sabia sobre o problema do meu marido e ela achou melhor levar o João para fazer alguns exames.
Eu poderia dizer aqui que ninguém está preparado para ver seu filho de 1 dia ser levado para fazer exames porque pode haver algo errado com ele, mas foram tantas coisas para as quais eu não estava preparada, que vai acabar ficando redundante este comentário.
A última cena que lembro antes do meu bebê ir para a UTI é a cena que vi na tela da TV do meu quarto, que mostrava o berçário: meu filhinho deitado de lado, abrindo e fechando os olhinhos... o serzinho mais inocente que eu já havia visto neste mundo.


Um comentário:

  1. Tenho muito orgulho da força que você teve em todos os momentos, que começaram com este.

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