segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Clostridium Difficile

Antes de contar sobre a minha experência com o Clostridium Difficile, vou tentar explicar um pouco sobre o que é esta bactéria e o que ela pode causar.

Clostridium Dificille (C. Diff) é uma bactéria que pode estar presente na flora intestinal de adultos e crianças, sem necessariamente causar algum mal. O C.Diff. também pode ser transmitido via fecal-oral, através de equipamentos médicos contaminados, ou mesmo de pessoa para pessoa. Os esporos persistem no ambiente por períodos prolongados e resistem ao uso de desinfetantes comerciais, favorecendo a propagação.

A principal causa da infecção por C. Diff. é o uso de antibióticos, que pode causar um desequilíbrio na flora intestinal, pois alguns antibióticos podem atacar também as bactérias boas, e consequentemente a multiplicação de outras bactérias, como por exemplo a C. Diff.

Algumas pessoas apresentam sintomas ainda quando estão fazendo o tratamento com antibiótico, sendo que outras podem apresentar sintomas até 2 meses depois do tratamento. A multiplicação do C. Diff. resulta num intenso processo inflamatório no revestimento do intestino (colite) que pode causar febre, diarréia, cólicas e até a morte, caso não seja tratada corretamente.

As complicações incluem hipoalbuminemia, desidratação e desnutrição. Em casos mais graves pode haver diminuição da diarreia pela atonia e afilamento da mucosa intestinal (caracterizado pelo megacólon tóxico) podendo então causar uma perfuração intestinal.

O diagnóstico da infecção por C. Diff. é feito através de análises laboratoriais de uma amostra das fezes da pessoa infectada. Se houver infecção da bactéria, as análises mostrarão que existem toxinas da bactéria na amostra fecal.

 O tratamento para os casos mais brandos pode ser feito através da suspensão do antibiótico e os casos mais graves devem ser tratados com antibióticos. Os dois principais antibióticos utilizados são o metronidazol e a vancomicina.

A recidiva da infecção por C. Diff ocorre em até 25% dos pacientes, mais comumente na primeira ou na segunda semana após o término do tratamento.

Fontes:

Recentes mudanças da infecção por Clostridium difficile 

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