quarta-feira, 8 de agosto de 2012

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No final de fevereiro marcamos a colonoscopia.
O exame foi feito dia 29 de fevereiro, num hospital que tinha uma grande vantagem: a mãe podia acompanhar o bebê até a sala do exame e ficar ao lado dele durante a sedação até que ele pegasse no sono.
Por mais estressante que isso seja, é bom poder estar ao lado e confortar seu filho nesse momento pois ele sabe que algo diferente vai acontecer e a sua presença deixa ele mais seguro.
Depois que deixei o João no centro cirúrgico voltei para o quarto onde ficamos aguardando no quarto por um pouco mais de uma hora, e logo chamaram para ir ficar com ele na recuperação.
Quando cheguei o João estava chorando e agitado. Fiquei com ele no colo e ele foi se acalmando.
O cirurgião veio conversar comigo e começou falando tinha más notícias - ele não só não conseguiu terminar de grampear o trecho que faltava como não conseguiu ver nada além do que via com a câmera nos outros exames. Havia uma obstrução no intestino do João e ele não tinha como saber o que estava causando esta obstrução. Podia ser algo simples como uma membrana, que seria fácil de romper ou algo mais grave que poderia levar até à um novo rebaixamento.
Foi difícil entender e acreditar no que estava acontecendo. Cheguei a pedir para ele explicar tudo de novo para o meu marido pois eu não estava conseguindo entender o que ele falava, ou não queria acreditar.
O que era para ser simples e sem surpresas provou ser extremamente o contrário. Saímos do hospital nos sentindo perdidos, e nem conseguíamos falar sobre o assunto pois o prognóstico ia do simples ao muito complicado e o médico nem arriscou falar o que ele achava, o que nos dizia que poderia ser algo grave.
O médico explicou que a única maneira de saber o que estava causando a obstrução era abrindo a barriguinha do João. Nem perguntamos muita coisa pois acho que ficamos com medo. Para a gente tudo já era suficientemente doloroso só pela incerteza de toda a situação.
O médico marcou a cirurgia para a segunda-feira seguinte, dia 5 de março de 2012.
E os 4 dias que se passaram até a cirurgia foram alguns dos dias que mais tive medo em toda essa minha trajetória ao lado do meu filho e a doença de Hirschsprung.

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