Ele começou tomando 5ml, no dia 28 de maio e como não vomitou nenhuma vez, no dia seguinte começaram a aumentar para 10ml, depois 15ml e etc.
No dia 31 de maio, o cirurgião examinou o João e viu que ele estava bem, sem barriguinha distendida e por isso liberou o João para ser amamentado diretamente no peito.
Eu quase não conseguia me segurar de tanta felicidade.
O João não quis mamar depois que nasceu e, por isso, eu ainda não tinha experimentado a sensação de amamentar meu bebê.
Uma enfermeira veio me ensinar como fazer e depois de apanhar um pouco, finalmente consegui acomodar o João direitinho e ele começou a mamar.
As coisas progrediram rapidamente depois disso. A alimentação parenteral foi retirada, ele mamava de 3 em 3 horas e no dia 4 de junho saímos da UTI Neonatal para a UTI Semi Intensiva.
Nela os bebês já ficavam em bercinhos e os pais podem pegá-los sempre que quiserem.
Foi lá que fiz a primeira troca de fralda, e que aprendi a dar banho.
Também conheci mães que estavam com seus bebês na UTI há mais de 3 meses e estavam firme e fortes... e felizes pois todas sabiam que os bebês só iam para a semi intensiva quando já estavam muito próximos de ter alta.
No dia 5 de junho, quando o cirurgião passou para ver o João ele me disse que no dia seguinte ele daria alta para ele.
Ele me perguntou se eu me sentia segura para cuidar dele em casa eu eu respondi que sim.
Se isso era verdade? Claro que não, que mãe se sente segura quando leva um bebezinho para casa? Ainda mais numa situação diferente como era o meu caso.
Mas nada era mais importante para mim do que levar meu bebê para casa. E eu sabia que ia aprender o que tivesse que aprender para que ele ficasse bem. E sabia que tinha muita gente para me ajudar se eu precisasse.
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